sexta-feira, 16 de março de 2007

Na Grafonola do Marsupilami com os LOYD

Já aqui o tinha prometido. Ainda não o tinha cumprido. Cumpro o prometido hoje. A primeira entrevista a uma banda nacional, está aí. É a primeira de muitas, espero eu, e é uma das formas que o Marsupilami encontrou para ajudar as bandas nacionais, dando prioridade aquelas que agora estão a despontar ou então que estão num patamar menos visível.

Como não podia deixar de ser, a primeira entrevista é com os LOYD, por ser uma banda, que por vários motivos, me diz muito! A entrevista segue duas linhas abaixo...

Antes de mais, obrigado aos the LOYD, por aceitarem responder a algumas perguntas que vos queria fazer. Obrigado. É (bastante) difícil estar deste lado!

Marsupilami (M)- Os LOYD formaram-se no ano 2004. Qual era o objectivo dos LOYD nessa altura?

LOYD (L) - Antes de mais era fazer música como hobbie. Com o objectivo de formar a banda o Paulo Silva (bateria) e o Jorge Resende (guitarra solo) convidaram o Jou (voz e guitarra) para formarem uma banda. Com a entrada do Diogo Gomes (baixo) em Abril de 2004 é que a formação ficou completa e foi nessa altura que o nome the LOYD surgiu.
As coisas continuaram com vários concertos e foi então que naturalmente se decidiu partir para uma nova fase com a edição do actual trabalho DONE.

M - Sei que entretanto, os LOYD tiveram alguns contratempos, nomeadamente a saída do guitarrista e posteriormente do baixista. Depois de ultrapassado esse momento complicado, como se sentem como banda, neste momento?

L - Incompletos! O grupo que existe actualmente é muito forte e coeso e a música que se está a criar agora reflecte na nossa opinião o amadurecimento que a banda teve principalmente com o processo de produção e gravação do EP. Após a entrada do Paulo Azevedo (baixo) estamos novamente muito satisfeitos com o que estamos a fazer neste momento e não vamos parar.
No entanto, para melhor podermos comunicar o nosso trabalho, sentimos ainda a necessidade de termos um guitarrista adicional, lacuna essa que ainda não foi ultrapassada desde a saída do nosso antigo guitarrista. Ainda estamos à procura de um guitarrista, pois não pretendemos continuar a fazer as coisas com um guitarrista convidado.

M - O EP de estreia está gravado, e pronto a ser comercializado. Quais são as vossas expectativas?

L - Produzimos 1000 CD's para nesta fase de lançamento da banda servirem antes de mais como forma de divulgação do nosso trabalho. Pretendemos dar a conhecer o que fazemos tanto junto do público como junto das rádios e comunicação social em geral. Paralelamente, a venda de CD's irá ajudar a financiar o nosso projecto e após o concerto de lançamento do passado sábado podemos adiantar desde já que as vendas estão a correr mesmo muito bem.

M - Que tipo de ajuda contaram na produção e gravação do vosso EP?

L - O nosso projecto, uma vez que é independente, é completamente auto-financiado e tivemos inclusivé de recorrer a um empréstimo bancário para fazer face a todas as despesas inerentes à produção, gravação e edição do EP. As coisas não são fáceis, mas temos de lutar pelo que acreditamos.

M - Com o vosso trabalho pronto, surge (talvez) a parte mais complicada que é a sua divulgação. Sei que já disponibilizaram o tema que será o vosso single, para download no vosso blog. Acham que a Internet é um aliado precioso nesse campo? E que pretendem fazer mais para divulgar o vosso EP?

L - Temos todos os temas do nosso EP disponíveis no nosso myspace e para já apenas o nosso single Tear In the Pocket está disponível para download. Num futuro próximo todos os temas estarão disponíveis para download.
Quanto à Internet, é um meio que não pode ser descurado por nenhuma banda actualmente, pois antes de mais representa um meio fácil, enorme e barato para se promover a música. Estamos atentos aos meios de promoção que a Internet nos pode oferecer e estamos neste momento a estudar as melhores formas de divulgação. Pensamos para breve podermos dar mais novidades.
Quanto à divulgação do nosso trabalho, e seguindo o espírito da banda, dar concertos é certamente o meio por nós preferido para o fazer, mas actualmente esquecer a comunicação social e especialmente as rádios é o mesmo que “cortar as pernas” à banda. Vamos trabalhar nesse sentido.

M - Qual a vossa opinião relativamente aos programas P2P e consequente pirataria/partilha via net que se vive hoje em dia? Na vossa opinião, poderá ajudar ou prejudicar uma banda como os the LOYD?

L - O mundo da música encontra-se neste momento numa fase de viragem, onde antes de mais as grandes produtoras estão ainda a tentar perceber o que fazer para não perderem receitas na venda dos trabalhos que editam.
Não somos nós que vamos adivinhar o futuro, mas acreditamos que a música deverá ser disponibilizada de forma gratuita e dessa forma possibilitar o acesso por parte de todos à cultura e à arte.
Claro que como em qualquer indústria, as receitas são o objectivo principal, mas aí, serão sempre os espectáculos ao vivo que irão possibilitar a sobrevivência de todos.

M - Santa Maria da Feira é uma cidade onde (ainda) é complicado ter uma banda de rock. Concordam com esta afirmação?

L - Não concordamos em particular com a referência à cidade em questão. O que achamos sim é que quem está fora dos grandes centros, e em particular da capital, pode ter mais dificuldades. Quando falamos de música, infelizmente chega-se a um ponto em que a qualidade do trabalho que se faz é o menos importante. Actualmente quem não tem dinheiro tem muito poucas hipóteses. É triste mas é a realidade, e essa já a começamos a sentir na pele.

M - E agora, que objectivos os LOYD têm neste momento? Ou melhor, que podemos esperar dos LOYD?

L - O objectivo último dos LOYD, e pensamos que de quase todas as bandas em geral, é um dia poder viver da música e fazer chegar o nosso trabalho a muita gente. É deste feedback entre banda e público que a nossa vontade de continuar é constantemente alimentada.
Não vamos parar, aliás, ainda agora começamos! Para se fazer um trabalho com qualidade é preciso ser persistente, trabalhar, trabalhar e trabalhar e ter dinheiro, pois este “vício” é muito caro.
Para já existe a vontade de divulgar o mais possível o actual trabalho e de o fazer chegar ao maior número possível de pessoas. Simultaneamente, estamos já a trabalhar em novos temas, alguns dos quais podem já ouvir nos nossos concertos, temas esses que esperamos vir a fazer parte do álbum que pretendemos editar. Quanto ao álbum, nada ainda está definido, mas apontamos o ano de 2008 como o ano da sua edição – vamos trabalhar para isso.

Curiosidades:

M - Porquê o nome the LOYD? (e é para dizerem a história verdadeira)

L - A origem do nome é curiosa, mas para já preferimos não revelar os nossos segredos todos...

M - A formação foi sempre a mesma desde o início?

L - Não. O Jou (vocalista e guitarra) e o Paulo Silva (bateria) fazem parte da formação original. Como outros elementos que passaram pela banda já tivemos o Jorge Resende (guitarra solo) e o Diogo Gomes (baixo). Infelizmente ambos abandonaram o projecto por motivos pessoais.

M - Influências?

L - Foo Fighters, Green Day, Nirvana e Ramones.

Informações sobre os LOYD:

Ouvir os LOYD no Myspace - www.myspace.com/loydband

O Site dos LOYD - www.theloyd.com

Mais uma vez obrigado, e boa sorte para os LOYD.

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