Os Moe's Implosion acabaram de lançar o EP de estreia "Morning Wood", e as boas criticas não se fizeram esperar. A passagem da banda pelo palco dos Novos Valores da Festa do Avante, foi - por aquilo que se sabe - demolidora! Acima de tudo eles pretendem divertir-se e divertir quem os ouve! Parece-me que esse objectivo já está a ser alcançado... O Marsupilami não está indiferente ao que se passa pelo Montijo, e mais precisamente com os Moe's Implosion, por isso mesmo convidou-os para uma conversa! Eles aceitaram, e essa mesma conversa - divertida e sincera - segue de seguida...
Antes de mais, obrigado a todos os Moe's Implosion por terem aceite a responder a algumas perguntas que gostaria de vos fazer. Obrigado.
Marsupilami (M) - Como é que tudo começou?
Ricardo (R) - Bem, tudo começou mais ou menos quando conheci o tropa na escola ele andava a aprender bateria, tocávamos só os dois em minha casa, mais tarde conheci o João e o Frederico Severo, também eles vinham de outro projecto que não estava a dar, e então a coisa deu-se!
João (J) - Juntaram-se dois grupos de amigos que tocavam, trocámos de influências e passámos tempo juntos.
Severo (S) - Durante os primeiros tempos tivemos algumas mudanças de formação, o tropa andou a saltar da bateria para a voz, da voz para a bateria, etc., e penso que foi o Ricardo que sugeriu o Sancho para a voz, nós já o conhecíamos, ele partilhava algumas das nossas influencias. Mas acho que foi num dia, durante uma jam session para a qual nos convidaram (ainda não como banda) que vimos que o Sancho era o vocalista que queríamos. O Sancho, sem nunca ter cantado antes, cantou, saltou, rebolou no chão, tudo isto à frente de um pequeno publico…
R – Pormenor técnico: tirou a t-shirt! (risos)
M – Na altura tinham alguma ideia do que poderia sair daí, ou foi mesmo numa de passar o tempo?
J – Ainda éramos novos e os instrumentos estavam ainda frescos nas nossas mãos. Estávamos todos muito entusiasmados com a ideia da banda, com a ideia de tocar, e quando tocávamos (ou ensaiávamos) sentíamos uma energia e ficávamos mesmo tão contentes que tremíamos.
R - Mais tarde fomos ficando mais perto do estilo que tocamos agora, foi um processo evolutivo que nos levou a tocar o que tocamos agora.
M – Vocês lançaram há pouco tempo o vosso EP de estreia, como tem sido a reacção ao mesmo?
R - Boa!
Tropa (T) - Tem sido boa!
S - E também boa! (risos)
J – Também me disseram que estava boa! (risos)
Basicamente tem tido um bom feedback, muita gente vem ter connosco e dizem que gostam imenso das nossas músicas. Já tocarmos as músicas do EP muitas vezes nos concertos e já começámos a achar que não correspondem ao nosso actual nível, mas estão boas na mesma. (risos) Estamos já a preparar o álbum e podemos dizer que estamos a tentar fazer mais e melhor!
R - Ouvir as músicas gravadas é sempre outra coisa…
T - Acho que temos mais as cabeças viradas para os concertos, e o EP é que acaba por ser um resumo do nosso trabalho em palco, e não ao contrário como se calhar a maioria das bandas…
M – Que querem dizer àqueles que vos ouvem, tanto no EP como com o vosso trabalho em geral? Que querem transmitir?
R - Divertimento!
J - Liberdade de expressão!
S - Par-tay!
R - Só queremos que eles passem um bom bocado, quer quando ouvem o EP, ou quando nos vão ver ao vivo… Gostamos de passar algo energético!
J - Libertem-se, façam o que quiserem, soltem-se e divirtam-se a fazê-lo. Nós divertimo-nos tanto a fazermos o que fazemos, que queremos partilhar isso com as pessoas!
S - Acho que o mais importante é que as pessoas se sintam bem a ouvir a nossa música!
M – Onde vão buscar a inspiração para o vosso som, as vossas músicas?
R – Eu diria que praticamente a tudo...
J – Grande parte do que somos passamos para as nossas músicas, provém também daquilo que ouvimos, vemos e sentimos. No fundo acaba mesmo só por ser 5 pessoas com gostos semelhantes, mas distintos, que se unem para fazer música. O que sair daqui, é Moe's Implosion!
M – Estão na fase de divulgação do vosso EP... Têm tido dificuldades em o divulgar? E como o têm feito?
J – Bastantes! É muito difícil ter uma banda em Portugal…
S - Bem... Acho que essa é a eterna dificuldade das bandas pequenas…
J - Ou és conhecido ou nada, e pior ainda se não fores de alguma das correntes musicais mais actuais. Houve uma altura em que mandámos uma mão cheia de e-mails para vários sítios e poucos foram os que respondiam, e grande parte dos que responderam impunham-nos sempre um aspecto que nos deixava numa situação de “pagar para tocar”.
Eu quero promover a minha banda e oferecer música às pessoas, e ainda tenho de pagar para o fazer.
S - E já tivemos concertos cancelados por razoes algo estranhas...
R - Nenhuma banda deveria ter de se sujeitar á situação de "pagar para tocar" para promover o seu trabalho.
T - A essência deste meio acaba mesmo por ser perseverança, determinação e muita vontade de tocar, é assim para bandas como nós que tratam de tudo com as próprias mãos! DIY all the way!
J - Reservámos o final do ano para dar o máximo de concertos possíveis e promover o nosso EP. Apenas conseguimos marcar uns 5, o que vai um pouco abaixo das nossas expectativas…
M - A net actualmente é uma ajuda muito boa nesse campo, e vocês têm a usado como vossa aliada na divulgação! Vão continuar a usa-la, e até que ponto? Acham ainda que a pirataria/partilha que se vive hoje em dia poderá ajudar ou prejudicar uma banda como os Moe's Implosion?
R - Por enquanto ainda não prejudica, somos pequenos e acho que a net é um óptimo meio de divulgação. Para uma banda como nós é excelente podermos partilhar a nossa música na net!
J – É boa publicidade, ainda hoje os artistas têm lucrado bastante com isso graças à partilha. Divulga a música, não vende cd's mas desperta o interesse nas pessoas de irem aos concertos. E os artistas são os que mais lucram com os concertos. Não vemos o 50 Cent nem a Britney a mendigar só porque existe a partilha, bem pelo contrário. As editoras são quem perde com isso...
Ricardo (R) - Bem, tudo começou mais ou menos quando conheci o tropa na escola ele andava a aprender bateria, tocávamos só os dois em minha casa, mais tarde conheci o João e o Frederico Severo, também eles vinham de outro projecto que não estava a dar, e então a coisa deu-se!
João (J) - Juntaram-se dois grupos de amigos que tocavam, trocámos de influências e passámos tempo juntos.
Severo (S) - Durante os primeiros tempos tivemos algumas mudanças de formação, o tropa andou a saltar da bateria para a voz, da voz para a bateria, etc., e penso que foi o Ricardo que sugeriu o Sancho para a voz, nós já o conhecíamos, ele partilhava algumas das nossas influencias. Mas acho que foi num dia, durante uma jam session para a qual nos convidaram (ainda não como banda) que vimos que o Sancho era o vocalista que queríamos. O Sancho, sem nunca ter cantado antes, cantou, saltou, rebolou no chão, tudo isto à frente de um pequeno publico…
R – Pormenor técnico: tirou a t-shirt! (risos)
M – Na altura tinham alguma ideia do que poderia sair daí, ou foi mesmo numa de passar o tempo?
J – Ainda éramos novos e os instrumentos estavam ainda frescos nas nossas mãos. Estávamos todos muito entusiasmados com a ideia da banda, com a ideia de tocar, e quando tocávamos (ou ensaiávamos) sentíamos uma energia e ficávamos mesmo tão contentes que tremíamos.
R - Mais tarde fomos ficando mais perto do estilo que tocamos agora, foi um processo evolutivo que nos levou a tocar o que tocamos agora.
M – Vocês lançaram há pouco tempo o vosso EP de estreia, como tem sido a reacção ao mesmo?
R - Boa!
Tropa (T) - Tem sido boa!
S - E também boa! (risos)
J – Também me disseram que estava boa! (risos)
Basicamente tem tido um bom feedback, muita gente vem ter connosco e dizem que gostam imenso das nossas músicas. Já tocarmos as músicas do EP muitas vezes nos concertos e já começámos a achar que não correspondem ao nosso actual nível, mas estão boas na mesma. (risos) Estamos já a preparar o álbum e podemos dizer que estamos a tentar fazer mais e melhor!
R - Ouvir as músicas gravadas é sempre outra coisa…
T - Acho que temos mais as cabeças viradas para os concertos, e o EP é que acaba por ser um resumo do nosso trabalho em palco, e não ao contrário como se calhar a maioria das bandas…
M – Que querem dizer àqueles que vos ouvem, tanto no EP como com o vosso trabalho em geral? Que querem transmitir?
R - Divertimento!
J - Liberdade de expressão!
S - Par-tay!
R - Só queremos que eles passem um bom bocado, quer quando ouvem o EP, ou quando nos vão ver ao vivo… Gostamos de passar algo energético!
J - Libertem-se, façam o que quiserem, soltem-se e divirtam-se a fazê-lo. Nós divertimo-nos tanto a fazermos o que fazemos, que queremos partilhar isso com as pessoas!
S - Acho que o mais importante é que as pessoas se sintam bem a ouvir a nossa música!
M – Onde vão buscar a inspiração para o vosso som, as vossas músicas?
R – Eu diria que praticamente a tudo...
J – Grande parte do que somos passamos para as nossas músicas, provém também daquilo que ouvimos, vemos e sentimos. No fundo acaba mesmo só por ser 5 pessoas com gostos semelhantes, mas distintos, que se unem para fazer música. O que sair daqui, é Moe's Implosion!
M – Estão na fase de divulgação do vosso EP... Têm tido dificuldades em o divulgar? E como o têm feito?
J – Bastantes! É muito difícil ter uma banda em Portugal…
S - Bem... Acho que essa é a eterna dificuldade das bandas pequenas…
J - Ou és conhecido ou nada, e pior ainda se não fores de alguma das correntes musicais mais actuais. Houve uma altura em que mandámos uma mão cheia de e-mails para vários sítios e poucos foram os que respondiam, e grande parte dos que responderam impunham-nos sempre um aspecto que nos deixava numa situação de “pagar para tocar”.
Eu quero promover a minha banda e oferecer música às pessoas, e ainda tenho de pagar para o fazer.
S - E já tivemos concertos cancelados por razoes algo estranhas...
R - Nenhuma banda deveria ter de se sujeitar á situação de "pagar para tocar" para promover o seu trabalho.
T - A essência deste meio acaba mesmo por ser perseverança, determinação e muita vontade de tocar, é assim para bandas como nós que tratam de tudo com as próprias mãos! DIY all the way!
J - Reservámos o final do ano para dar o máximo de concertos possíveis e promover o nosso EP. Apenas conseguimos marcar uns 5, o que vai um pouco abaixo das nossas expectativas…
M - A net actualmente é uma ajuda muito boa nesse campo, e vocês têm a usado como vossa aliada na divulgação! Vão continuar a usa-la, e até que ponto? Acham ainda que a pirataria/partilha que se vive hoje em dia poderá ajudar ou prejudicar uma banda como os Moe's Implosion?
R - Por enquanto ainda não prejudica, somos pequenos e acho que a net é um óptimo meio de divulgação. Para uma banda como nós é excelente podermos partilhar a nossa música na net!
J – É boa publicidade, ainda hoje os artistas têm lucrado bastante com isso graças à partilha. Divulga a música, não vende cd's mas desperta o interesse nas pessoas de irem aos concertos. E os artistas são os que mais lucram com os concertos. Não vemos o 50 Cent nem a Britney a mendigar só porque existe a partilha, bem pelo contrário. As editoras são quem perde com isso...
M - Acham que poderão vir a disponibilizar um álbum vosso totalmente gratuito na net? Já há varias bandas que o têm feito…
J - Porque não? Os Radiohead vão disponibilizar o novo álbum deles, deixando aos fãs decidirem o preço a pagar. Mas sendo totalmente gratuito, porque não?
Acho que nosso caso é diferente, queremos é tocar ao vivo.
S - Mas há algumas coisas a ter em conta: despesas na gravação, que por enquanto são totalmente da responsabilidade da banda. Por muito que gostemos de "dar" a nossa musica é sempre complicado não ter nenhum retorno.
T - Talvez disponibilizemos o EP na net gratuitamente, depois de vendermos todas as cópias que temos…
M - Que acham do actual panorama musical português?
J - Está a progredir, mas lentamente. Temos um caso de que a Internet é poderoso meio de comunicação musical, note-se o exemplo dos Linda Martini, e sinceramente, nota-se que o público português está a abrir os seus horizontes musicais. É bom sinal
S - Penso que o underground tem estado a evoluir bastante bem.
R – Sobre o mainstream, não acho piada porque não há nem metade da diversidade que há no underground. Bate-se sempre na mesma tecla porque é essa mesma tecla que dá dinheiro. Acima de tudo a diversidade no underground é um ponto a favor.
T – Hoje em dia vêem-se cada vez mais o surgir de bandas com muita determinação e vontade, algumas com muita qualidade. Talvez seja isso que esteja a impulsionar o underground em Portugal.
M - E qual a vossa opinião em relação ao estado do nosso país?
J - Acho que a nossa mentalidade devia mudar. De que vale fazermos sacrifícios se a nossa atitude não vai mudar? Vamos voltar ao início. Temos que estar abertos a novas ideias, pensar que a evolução é contínua e a mudança é uma coisa inevitável. O nosso erro é não inovarmos.
M - Quais os próximos passos dos Moe's Implosion?
J - Hmm… tocar, tocar, tocar e também tocar! (risos)
S - Há quem diga que vamos tocar, mas não acredito!
R - Boa pergunta! Pode parecer uma carta ao pai natal, mas eu gostava de gravar um álbum…
T - Ok, isto não sai daqui, mas estamos a projectar gravar um álbum no princípio do ano! (risos)
Curiosidades:
M - Porquê o nome Moe's Implosion?
S - Uh, vai Ricardo!
R - O nome veio através de um brainstorm que fizemos, e depois na escola demos a lista a amigos e eles votavam, e a grande maioria votou Moe’s Implosion.
J - E depois apareceram galinhas cósmicas e obrigaram-nos a ter esse nome! (risos)
R - Sim, mas FUI EU QUE INVENTEI E PUS NO PAPEL! (risos)
M - Influencias?
T – Hmm, tough one… Michael Jackson (esta é verdade!)
R - Secret. Nós todos somos influenciados por um artista dos anos 50 chamado Al Green, depois pomos aquilo ao contrário e é Moe’s Implosion.
S - Danny Elfman, kizomba... O Danny Elfman também é verdade (para mim).
T - Haa! E 103 fm. O sancho também dá cheirinhos de Il Divo e Tom Jones nas músicas.
M - Bandas nacionais que têm ouvido?
R - If Lucy Fell, Men Eater…
T - Linda Martini, Riding Pânico, Chemical Wire, 2008, Lobster que vão lançar novo álbum este mês… Enfim, muita coisa que não me estou a lembrar agora.
S - Chemical Wire, Riding Pânico, Pluto, Blasted, If Lucy Fell…
T - Estou curioso com o novo álbum de Clã.
S – Sim, e do David Fonseca!
R - Eu não… (risos)
T – Sim, David Fonseca também. Em geral gosto muito de descobrir bandas novas portuguesas. Existe cá muita coisa boa!
S - Muita coisa que pode ser comparada ao melhor que vem de fora.
T – Sim, está na altura de valorizar mais o que é nacional.
J – Sim, isso inclui o Tony Carreira. (risos)
M - Vamos á ultima pergunta, a mais fixe de todas: qual é a vossa personagem de banda desenhada preferida?
J – HOMEM-ARANHAA!! (risos)
R – Spawn.
M - E o marsupilami?
R – Desconheço.
J – Eu gosto! E o Spirou tinha sempre umas aventuras engraçadas também! (risos)
S - Nunca fui grande fã do Marsupilami, mas também nunca desgostei…
R - Cebolinha pá, Cascão, clássicos…
T - Eu sou fã de GASTON LAGAFFE.
S - Por aqui é o Lucky Luke.
T - Acho que o Sancho gosta dos estrumpfes, ou lá como se escreve. (risos)
S – Smurfs.
T - Isso!
M - Vamos á ultima pergunta, a mais fixe de todas: qual é a vossa personagem de banda desenhada preferida?
J – HOMEM-ARANHAA!! (risos)
R – Spawn.
M - E o marsupilami?
R – Desconheço.
J – Eu gosto! E o Spirou tinha sempre umas aventuras engraçadas também! (risos)
S - Nunca fui grande fã do Marsupilami, mas também nunca desgostei…
R - Cebolinha pá, Cascão, clássicos…
T - Eu sou fã de GASTON LAGAFFE.
S - Por aqui é o Lucky Luke.
T - Acho que o Sancho gosta dos estrumpfes, ou lá como se escreve. (risos)
S – Smurfs.
T - Isso!
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